A maioria das serpentes possuí a visão debilitada e o olfato aguçado, porém algumas delas (as peçonhentas, por exemplo) possuem um recurso a mais em seu arsenal estratégico de aproximação da presa. É preciso saber a direção e a que distância exata esta se encontra, medindo precisamente seus movimentos para que o bote não seja em vão.

Em muitos ofídios venenosos há uma depressão de cada lado da cabeça, entre a narina e os olhos, a fosseta loreal ou lacrimal.
Estas aberturas, direcionadas para o focinho do animal, possuem uma membrana ricamente enervada com terminações nervosas capazes de perceber variações de calor de até 0,5 graus Celsius num raio de 5 metros de distância. A fosseta loreal é um órgão termorreceptor de grande importância para estes animais.
Todos os animais de “sangue quente” (aves e mamíferos no geral, chamados homeotérmicos) emitem raios de calor infravermelho que atingem essa membrana e, por meio de sinapses formam uma “imagem térmica” altamente precisa fornecendo o tamanho do animal (através das concentrações dos raios infravermelhos), a distância (através da variação de temperatura) e os movimentos (pelo deslocamento da imagem formada).

Todas as serpentes peçonhentas do Brasil – jararaca (Bothrops), cascavel (Crotalus), surucucu (Lachesis) – que possuem fosseta loreal são peçonhentas, com exceção da coral (Micrurus) que é peçonhenta, mas não apresenta tal órgão.
Veja um vídeo retirado de um especial do Discovery Chanel sobre serpentes!
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