A VISÃO DAS ABELHAS!

As abelhas possuem dois grandes olhos localizados na parte lateral da cabeça, os olhos compostos que são, na verdade, um conjunto de pequenos olhos chamados omatídeos. Na extremidade de cada omatídeo está a córnea, e logo abaixo o cone cristalino, que atuam como lentes para focalizar os raios luminosos para o rabdoma (elemento fotossensível). As obreiras possuem cerca de 6.300 omatídeos nos dois olhos, a rainha apenas 3.900 e os zangãos 13.000. Possuem função de percepção de luz, cores e movimentos. As abelhas não conseguem perceber a cor vermelha, mas podem perceber ultravioleta, azul-violeta, azul, verde, amarelo e laranja. Os olhos compostos, de superfície hexagonal, permitem uma visão panorâmica dos objetos afastados, aumentando-os 60 vezes.

Os olhos simples ou ocelos são estruturas menores, em número de três, localizadas na região frontal da cabeça formando um triângulo. Não formam imagens. Têm como função detectar a intensidade luminosa.
As abelhas orientam-se, sobretudo, de três maneiras: pelos acidentes do terreno; pelo Sol e pelo céu (luz polarizada).
A abelha decora o caminho da colméia às fontes de alimento, tomando por referência troncos de árvores, postes, estradas, morros...
O mais importante para a orientação das abelhas é a posição do Sol quando está visível. Através da conhecida dança que fazem na colméia, comunicam a outras abelhas a posição do alimento através do ângulo que terão de fazer com o Sol para chegarem a esse local.
Os omatídeos começam por ter uma secção hexagonal, que se torna octogonal na zona do nervo óptico. Von Frisch descobriu que é nas partes octogonais que as abelhas são sensíveis à luz polarizada.
Dessa forma, as abelhas não vêm o céu “limpo” como os humanos o vêm, mas sim manchado, com tantas manchas octogonais quantos os omatídeos dos seus olhos. É assim formada uma espécie de “grelha” no céu, cada zona com uma configuração diferente, onde a abelha consegue determinar com precisão a posição do Sol, mesmo que o céu esteja muito nublado.

Experiência de Frisch e Lindauer:
Foi colocado um alimentador com xarope açucarado a uma determinada distância de colméias teste. As abelhas foram habituadas a esse alimentador, de manhã até as 10 horas, fazendo um ângulo que varia entre os 130º e os 100º à direita do Sol.

As abelhas foram depois fechadas às 10 horas, quando aquele ângulo era de 116º. Todo o equipamento foi levado de seguida para um local afastado 10 km e montado como estava, com o alimentador à mesma distância e ângulo das colméias.


Às 17 horas, quando o Sol estiver entre os 30º e os 45º à esquerda do alimentador. Se libertarem as abelhas, elas irão diretamente para o alimentador, agora apenas orientadas pelo Sol, pois o terreno é diferente. Se as abelhas “desconhecessem” o movimento do Sol iriam ter ao local assinalado com um (?), ou seja, a um ângulo de 116º do Sol como tinham feito na parte da manhã.

Através desses pequenos receptores, os omatídeos, as abelhas conseguem distinguir até 300 flashes de luz por segundo. Enquanto nós, seres humanos, distinguimos aproximadamente 30 por segundo! Isto faz com que elas, mesmo voando rapidamente, consigam distinguir cores e formas, como flores, árvores e pessoas.
Da próxima vez que uma abelha passar voando perto de você, lembre-se de que ela foi inteirinha projetada para fazer coisas e achar coisas que as nossas máquinas e computadores mais sofisticados não conseguem fazer tão perfeitamente.

No vídeo abaixo você poderá assistir a uma experiência feita por Fabiano Guedes que mostra a forma hexagonal dos omatídeos das abelhas!


Para maiores detalhes sobre o funcionamento de um olho composto e suas estruturas acesse: www.ebah.com.br/olho-composto-doc-a29089.html

Sexto sentido animal!

Como se não bastasse um grande predador ter os cinco sentidos normais: visão, tato, olfato, paladar e audição; os TUBARÕES têm um sentido adicional: Ampolas de Lorenzini, adicionando mais poder ao grande predador marinho e possibilitando ele conseguir fácilmente todas as presas que quizer, mesmo sendo rápidas ou grandes!

As Ampolas de Lorenzini, utilizadas na comunicação, defesa e caça
contém electrorreceptores capazes de detectar as correntes elétricas mínimas, produzidas por músculos de outros organismos escondidos na areia ou corais.
Detectam estímulos elétricos produzidos por diferenças de potenciais menores que um milhonésimo de volt a mais de 10 metros de distância na água, através de pequenos poros situados na região ventral da cabeça (visualizados na foto á esquerda). Internamente, a cada poro existe um tubo com uma substância gelatinosa que liga a uma câmara eletro-receptora.


Essa substância amplifica os estímulos elétricos vindos da água, que são conduzidos com mais eficiência para o sistema nervoso central dos tubarões. Com isso, os tubarões conseguem sentir as mínimas cargas elétricas produzidas pelos animais(coração, respiração, etc) mesmo se entocados em fendas, emaranhados em algas ou enterrados no sedimento.
Além disso, as Ampolas de Lorenzini são ótimas auxiliadoras no final do ataque dos tubarões, pois fazem com que eles “mirem” na presa no ponto certo!
Raias e cações também possuem as Ampolas!
Como se não bastasse esse incrível aplicativo nesses animais, também possuem a Linha Lateral, encontrada em várias classes de peixes, que captam as vibrações transmitidas pela água, aumentando a sensibilidade com o meio aquático!

As Ampolas também são muito importantes para a comunicação, atravéz de sinais espécie-específicos: Sexo, tamanho, maturação, localização, distância, corte, alertas… E também na navegação do animal, aonde obstáculos na água causam distorções no seu campo elétrico, auxiliando-o a nadar rapidamente no escuro ou em locais com muitos obstáculos com facilidade sem se machucar.


Veja um vídeo sobre o funcionamento das Ampolas de Lorenzini!

Os Raios UV e a pele


Os Raios ultravioleta (UV) são a radiação eletromagnética com um comprimento de onda menor que a da luz visível e maior que a dos raios X, de 380 nm a 1 nm. O nome significa mais alta que (além do) violeta (do latim ultra), pelo fato que o violeta é a cor visível com comprimento de onda mais curto e maior frequência. A radiação UV pode ser subdividida em UV próximo (comprimento de onda de 380 até 200 nm - mais próximo da luz visível), UV distante (de 200 até 10 nm) e UV extremo (de 1 a 31 nm).


No que se refere aos efeitos à saúde humana e ao meio ambiente, classifica-se como UVA (400 – 320 nm, também chamada de "luz negra" ou onda longa), UVB (320–280 nm, também chamada de onda média) e UVC (280 - 100 nm, também chamada de UV curta ou "germicida"). A maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida pela atmosfera terrestre. A quase totalidade (99%) dos raios ultravioletas que efetivamente chegam a superfície da Terra são do tipo UVA. A radiação UVB é parcialmente absorvida pelo ozônio da atmosfera e sua parcela que chega à Terra é responsavel por danos à pele. Já a radiação UVC é totalmente absorvida pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera.

Efeitos na Pele

Aproximadamente 5% da radiação UV que atinge a pele é refletida, o restante penetra os tecidos, onde sofre dispersão de modo que uma parte sai do corpo e outra é absorvida por moléculas nas várias camadas do estrato córneo, da epiderme e da derme. A UVB é amplamente removida no estrato córneo e na epiderme, particularmente pelo DNA e pela melanina, ao passo que a UVA, de comprimento de ondas mais longo atinge a derme onde é absorvida principalmente pela hemoglobina do sangue.


A radiação UV tem muitos efeitos sobre a pele, alem do tão desejado bronzeado, como resultado de sua absorção por uma variedade de moléculas chamadas de cromóforos, das quais a mais importante é o DNA. Após a absorção de UV, esta estrutura essencial sofre uma série de possíveis alterações químicas a mais conhecida delas resulta na formação do que se tornou conhecido como dímeros da pirimidina. Se esta produção é interrompida imediatamente, ela tem um poder altamente destrutivo sobre as células, interrompendo o seu funcionamento normal e dificultando a divisão celular. Além disso, agora se sabe que mesmo pequenas quantidades de luz solar incidindo na pele, menos do que seria necessário para causar uma queimadura, freqüentemente causam lesão do DNA ao longo de toda a espessura da epiderme. Felizmente, entretanto, a maior parte dessas lesões são reparadas dentro de horas ou dias, embora sempre reste uma seqüela de lesões permanentes que contribuem para o foto envelhecimento e, algumas vezes, para um câncer de pele.

Considerações Importantes

1) Apenas os raios UVB causam as queimaduras solares portanto, o fato de você não ter ficado vermelho, não significa que sua pele não sofreu a ação danosa da radiação UV, porque o UVA não causa queimaduras mas danifica a pele. Aquele sol de inverno que pareceu não causar problemas porque você não se queimou nada, na verdade também está prejudicando sua pele favorecendo, principalmente, o seu envelhecimento, da mesma forma que as câmaras de bronzeamento artificial.

2) A quantidade de UVA emitida por uma câmara de bronzeamento pode chegar a ser 10 vezes maior que a da luz solar. Pode-se imaginar o dano causado à pele por este tipo de tratamento. Dano este que só vai aparecer com o passar dos anos. O uso destas câmaras para bronzeamento deve ser evitado apesar das alegações de que não fazem mal à pele. Elas provocam o envelhecimento precoce e predispõem ao surgimento do câncer da pele.

3) O FPS representa apenas a proteção contra o UVB. Alguns filtros solares já trazem também o fator de proteção contra o UVA.

4) Evite Horários entre 10 e 15 horas. Este é o pior horário para se expor ao sol devido à grande intensidade da radiação UVB, principal causadora do câncer da pele. Se você tem que se expor ao sol neste horário, proteja-se intensamente com protetores solares de FPS alto, use chapéus, roupas e barracas. Quem tem a ganhar é você.

Comunicação aquática!


A imensidão azul do mar e os milhões de animais que lá vivem. Você já pensou em como os animais, especialmente os mamíferos, se comunicam nesse ambiente? Primeiramente vamos esclarecer que mamíferos marinhos não são apenas baleias e golfinhos (cetáceos), mas também ursos polares, lontras (marinha e de água doce), falsas focas (Otariidae), focas verdadeiras (Phocidae) e morsas (Odobenidae).

Os mamíferos marinhos dependem do som para sobrevivência, como na comunicação, proteção, localização de comida e navegação. Eles controlam a produção e estrutura do som para mandar menssagens diferentes. Na comunicação há uma diferença entre sons de longas e curtas distâncias. O de longas distancia é usualmente associado a reprodução, territorialidade e manutenção da estrutura do grupo. Já a comunicação de distancias curtas é utilizado em interações sociais envolvendo agressões, identificação de indivíduos e para manter a união mãe-filho.

Os animais que fazem suas vocalizações fora d água (tais como as focas, ursos polares e lontras) produzem sons, principalmente “da forma humana”. Isso significa que o ar passa dos pulmões para as dobras vocais e cria o som por vibração. Essa vocalização pode ser modificada pelo posicionamento dos dentes e língua, ou pela forma da boca. O som final é também influenciado pelo som passando pelas câmaras ressonantes, como os sinus e outros sacos de ar encontrados na cabeça.

Todas espécies de mamíferos marinhos produzem um tipo de som. Há basicamente três formas de produzi-lo: igual aos humanos, pela passagem de ar pelos sacos da cabeça e também batendo partes do corpo entre si e na água.

No caso dos sacos de ar na cabeça o som é gerado pelo ar circulando nos espaços de ar na cabeça do animal. Esse por sua vez, é constituído de vários sacos de ar e “plugs” que abrem e fecham quando o ar move-se de um saco para o outro. O movimento do ar estimula vibrações, as quais podem ser amplificadas por sacos de ar que agem como ressonantes.

Todos os maiores grupos de mamíferos marinhos também produzem outros sons que são usados para a comunicação acústica. O batimento brusco entre a maxila e a mandíbula nas baleias dentadas, geralmente indicam sinais de agressão.

Aqui vai um video do canto da conhecida baleia Jubarte (Megaptera novaeangliae)

Visão de calor

Você já parou para pensar em quais são os artifícios utilizados por uma serpente para encontrar sua presa além do olfato?

A maioria das serpentes possuí a visão debilitada e o olfato aguçado, porém algumas delas (as peçonhentas, por exemplo) possuem um recurso a mais em seu arsenal estratégico de aproximação da presa. É preciso saber a direção e a que distância exata esta se encontra, medindo precisamente seus movimentos para que o bote não seja em vão.

Em muitos ofídios venenosos há uma depressão de cada lado da cabeça, entre a narina e os olhos, a fosseta loreal ou lacrimal.

Estas aberturas, direcionadas para o focinho do animal, possuem uma membrana ricamente enervada com terminações nervosas capazes de perceber variações de calor de até 0,5 graus Celsius num raio de 5 metros de distância. A fosseta loreal é um órgão termorreceptor de grande importância para estes animais.

Todos os animais de “sangue quente” (aves e mamíferos no geral, chamados homeotérmicos) emitem raios de calor infravermelho que atingem essa membrana e, por meio de sinapses formam uma “imagem térmica” altamente precisa fornecendo o tamanho do animal (através das concentrações dos raios infravermelhos), a distância (através da variação de temperatura) e os movimentos (pelo deslocamento da imagem formada).

Estas cobras, popularmente conhecidas como “cobras de quatro ventas”, utilizam-se deste artifício para defesa e procura por alimentos.

Todas as serpentes peçonhentas do Brasil – jararaca (Bothrops), cascavel (Crotalus), surucucu (Lachesis) – que possuem fosseta loreal são peçonhentas, com exceção da coral (Micrurus) que é peçonhenta, mas não apresenta tal órgão.

Veja um vídeo retirado de um especial do Discovery Chanel sobre serpentes!