Fluidos Corporais



As células do nosso organismo exigem algumas condições essenciais para que possam desempenhar suas funções fisiológicas: um ambiente estável, um aporte equilibrado de nutrientes e uma remoção contínua dos resíduos metabólicos. Isto é obtido através da imersão das células em fluidos corporais.
Os fluidos corporais são soluções de água e substâncias dissolvidas (solutos). A primeira é o componente em maior abundância no nosso organismo e sua concentração corporal pode ser regulada pela quantidade de células gordas, idade e gênero. Já o soluto pode ser eletrólitos ou não eletrólitos.
O espaço intracelular é preenchido pelo fluido intracelular (FIC), assim como o espaço extracelular é preenchido pelo fluido extracelular (FEC). Este, por sua vez, pode ser fluido intersticial, fluido intravascular ou fluido transcelular.

Separando os diferentes fluidos encontra-se uma membrana, cuja permeabilidade seletiva auxilia na manutenção da composição de cada compartimento.

O movimento da água é determinado por diversos mecanismos de transporte: transporte não-mediado e transporte mediado.

O primeiro relaciona-se com a osmose e pode ser explicado por diferenças de concentração entre o meio extra e intracelular, separados por uma membrana permeável.

O esquema a seguir evidencia o aspecto microscópico de hemácias colocadas em diferentes situações experimentais.

Nota: Uma solução de cloreto de sódio a 9% é isotônica (mesma concentração) relativamente ao plasma sangüíneo.

O transporte não-mediado pode ocorrer também por difusão. Esta constitui-se pelo movimento aleatório das partículas em todas as direções dentro de uma solução. As partículas deslocam-se de uma área de elevada concentração para uma de baixa concentração, devido à diferença no gradiente.

Já o transporte mediado se dá pela difusão facilitada, no qual o processo de transporte a nível da membrana celular se efetua a favor do gradiente de concentração, mediado por proteínas transportadoras e ocorre sem gasto de energia pela célula.

Nota: há mudança de forma da proteína transportadora, permitindo a passagem do íon ou da molécula.

Pode ocorrer ainda pelo transporte ativo que se dá geralmente contra o gradiente de concentração com dispêndio de energia por parte da célula.


Eletricidade que reje o corpo

O impulso nervoso é uma corrente elétrica transmitida na membrana dos neurônios.
Devido à bomba se sódio de potássio, o interior da célula nervosa é negativo, enquanto o exterior é positivo.
Quando há um estímulo, a membrana da célula se despolariza, invertendo as cargas no interior e exterior da célula, e isso se propaga ao longo da membrana. Evento denominado IMPULSO NERVOSO.


Nesse evento o potencial de repouso da célula é modificado, do negativo para positivo e logo após passa de positivo para negativo.
Para transmissão de um novo impulso nervoso, a célula tem que se repolarizar.

Como ocorre a despolarização?

Quando um estímulo é dado na célula nervosa, canais de sódio se abrem, aumentando a permeabilidade, fazendo com que íons de sódio atravessem para a parte interna da célula nervosa, revertendo a carga na membrana. Esse evento se repete ao longo da célula, promovendo a despolarização.

*Como ocorre a repolarização?

Os canais de sódio se fecham, e os canais de potássio se abrem, fazendo com que íons potássio saiam da célula nervosa por difusão, revertendo a carga na membrana.

Veja abaixo um esquema da polarização e despolarização:


Conexão entre dois neurônios
Após o impulso, neurotrasmissores são liberados na fenda sináptica.
Esses neurotrasmissores se ligam a canais de sódio na membrana dos dentritos, os canais se abrem, entra sódio na membrana e provoca a despolarização, e a onda se propaga pela membrana do neurônio.

Veja como funciona um impulso nervoso: